domingo, 19 de janeiro de 2014

Os rolezinhos do cosumismo e da vida privada.

No começo da semana, era o assunto mais comentado nas redes sociais. Mas com o tempo ganhou mídia e dela não saiu mais.
Mas será que é tão relevante para ter esse destaque?
Nem tanto.


Pode-se fazer até uma viagem sociológica, pois os shoppings, ao contrário do que muita gente falou não foi um sucesso por falta de segurança das ruas, mas sim por ser uma idealização dos consumidores, o que Karl Marx chama de fetichismo da mercadoria.
Vou traduzir em migalhas:
O Shopping Center é local onde pode se encontrar as melhores marcas, produtos e serviços  que são a novidades industriais. A mais nova coleção, o filme que vai ganhar o Oscar, restaurantes de ponta, self services com muita variedade, jogos para as crianças, como os fliperamas  e o para adultos, como o boliche, toda praticidade de ter caixas eletrônicos, supermercados e estacionamentos.
Ou seja, é um programa de lazer completo para a família e aconchega as várias formas de consumo e com muita praticidade.
Contudo não costuma ser um lugar de molecada concentrada fazer barulho, correr, chamar atenção fazendo arte.
Mas eles não fogem tanto da lógica de querer esse consumo. Eles foram para lá porque querem o espaço deles de alegria imediata, que normalmente traz o consumo. Por meio de uma brincadeira.
De certa maneira, não é uma novidade no que o sociólogo polonês Bauman atribui como os sintomas da modernidade: o individualismo, a busca pelo prazer imediato, diminuição dos laços afetivos etc.

Tudo isso para entrar nos shoppings e consumir como outras pessoas consomem. Alias, tal movimento tem origem nos Estados Unidos, onde também causou polêmica.
É de se questionar se existe fatos mais importantes que devem ser dado mais atenção. É de se questionar se não existem serviços mais relevantes a fazer que contribuam para uma cidade ou para uma nação melhor.
É de se questionar se a diversão de pessoas, assuntos da vida privada, pois que está na intimidade de cada um, é tão relevante assim para se dedicar tantos comentários e análises na mídia.
É de se questionar se é necessário ter polícia para uma coisa tão insignificante perante a ordem pública, expressão indeterminada, pronta para armar contra direitos dos indivíduos.

Enfim gostaria que essa polêmica fosse para problemas mais relevantes que temos em nosso país e nossas metrópoles.

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