No
começo da semana, era o assunto mais comentado nas redes sociais. Mas com o
tempo ganhou mídia e dela não saiu mais.
Mas será
que é tão relevante para ter esse destaque?
Nem
tanto.
Pode-se fazer
até uma viagem sociológica, pois os shoppings, ao contrário do que muita gente
falou não foi um sucesso por falta de segurança das ruas, mas sim por ser uma
idealização dos consumidores, o que Karl Marx chama de fetichismo da mercadoria.
Vou
traduzir em migalhas:
O Shopping
Center é local onde pode se encontrar as melhores marcas, produtos e
serviços que são a novidades
industriais. A mais nova coleção, o filme que vai ganhar o Oscar, restaurantes
de ponta, self services com muita variedade, jogos para as crianças, como os
fliperamas e o para adultos, como o boliche, toda praticidade de ter caixas eletrônicos, supermercados e
estacionamentos.
Ou seja,
é um programa de lazer completo para a família e aconchega as várias formas de
consumo e com muita praticidade.
Contudo
não costuma ser um lugar de molecada concentrada fazer barulho, correr, chamar
atenção fazendo arte.
Mas eles
não fogem tanto da lógica de querer esse consumo. Eles foram para lá porque querem
o espaço deles de alegria imediata, que normalmente traz o consumo. Por meio de uma brincadeira.
De certa
maneira, não é uma novidade no que o sociólogo polonês Bauman atribui como os
sintomas da modernidade: o individualismo, a busca pelo prazer imediato,
diminuição dos laços afetivos etc.
Tudo
isso para entrar nos shoppings e consumir como outras pessoas consomem. Alias,
tal movimento tem origem nos Estados Unidos, onde também causou polêmica.
É de se
questionar se existe fatos mais importantes que devem ser dado mais atenção. É
de se questionar se não existem serviços mais relevantes a fazer que contribuam
para uma cidade ou para uma nação melhor.
É de se
questionar se a diversão de pessoas, assuntos da vida privada, pois que está na
intimidade de cada um, é tão relevante assim para se dedicar tantos comentários
e análises na mídia.
É de se
questionar se é necessário ter polícia para uma coisa tão insignificante perante
a ordem pública, expressão indeterminada, pronta para armar contra direitos dos
indivíduos.
Enfim
gostaria que essa polêmica fosse para problemas mais relevantes que temos em
nosso país e nossas metrópoles.
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