A Rússia
chama a atenção do mundo ao sediar as olimpíadas de inverno, neste mês.
Sem
dúvida, essa olimpíada de inverno é uma das que mais chamou a atenção na
história. Por qual o motivo? Para demonstrar a Rússia do Czar Vladimir Putin.
E de
fato, a Rússia apresentou notáveis mudanças durante o período de sua
presidência que determinou sua grande popularidade. Por outro lado governa
como um como um rei que defende as tradições
russas e com mão de ferro.
Putin +:
Vladimir Putin foi eleito presidente da Rússia depois de uma geração conturbada
pós União Soviética. Para contextualizar melhor a questão vou ter pincelar um pouco de história.
Desde o
século XVII a Rússia é conhecida como um gigante no continente europeu. Depois
de ter conquistado várias terras do império da Mongólia, destronou Napoleão
Bonaparte, que chacoalhou toda Europa. Durante o século XX, formou-se a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas, que foi um monstro em todos os sentidos que
pode pensar. Dividiu o mundo com os Estados Unidos. Mas com o final dos anos 70
ela estava forte por fora e arrasada por dentro. Gorbatchev começou a dissolução da União
Soviética, que foi traumática para todos os países envolvidos. Instabilidade
total, pobreza, confusão.
A Rússia
fez uma série de reformas liberais com Boris Yelstin que, embora fosse um perfil democrático,
carregou o retrato de uma Rússia pobre e armada. Sem comentar que era muito
conhecido pelos seus vexames quando ficava bêbado (!).
Putin
aproveitou as reformas feitas por Yeltzin e um bom cenário mundial para levar o
seu país ao desenvolvimento. Neste período, a Rússia alcançou a estabilidade
econômica e melhorou consideravelmente as condições sociais (em certos pontos,
lembra o Brasil dos anos 80 e o de Hoje).
Como consequência, ele é muito popular, mas também por uma questão simbólica: Com Putin, a Rússia votou a ter o título que ela teve por séculos: Uma das maiores potências do
mundo.
Mas o premier russo está
longe de ser um exemplo.
Putin -:
Agora a parte que todo o ocidente conhece. O presidente que foi ex-agente da
KGB (polícia secreta russa, que fez horrores na vida de muitas pessoas!) leva o
país com mãos de ferro. Acusado de mandar matar jornalistas, de declarar guerra
contra chechcenos e de acusar eles de terroristas, intimidar os países da
antiga União Soviética, como se fosse seu jardim, quando não invadir e dar
golpes, como foi na Georgia em 2008.
Além de ter
uma política fascista, querer impor uma política de Rússia só para os Russos –
impondo valores da igreja ortodoxa. E claro, conta o homossexualismo.
Por fim,
combateu fortemente a oposição ao seu governo e impõe vários limites a
liberdade política no seu país. O caso Pussy Riot e da ativista brasileira Ana Paula Maciel presa por biopirataria são grandes exemplos.
Enfim
comanda o pais como se fosse um Czar. Agora é saber até quando?
Pois a
economia russa, como a brasileira, foi puxada pelas commodities, que
estagnaram. E como no Brasil, surge uma nova geração que deseja mais do que
estabilidade econômica. No caso da Rússia quer mais democracia, mais respeito
pelas pessoas em vez de uma política czarista.
Se Putin continuar no poder, fará adaptações a essa nova geração, pois
caso contrário, cairá gradualmente.
____
Para
aqueles que gostam da Rússia recomendo assistir o Globo News Painel dessa
semana (no qual tirei várias informações para fazer esse texto) e sempre visitar
o site da jornalista russa Sahaa Yakovleva, Feijoada com Tchaikovsky (meu
compositor de música clássica preferido!).