terça-feira, 18 de junho de 2013

Os manifestos e a política como consumo.


Ontem, no Brasil, ocorreu a maior manifestação popular em 20 anos.

Várias insatisfações, que estavam escondidas em época de prosperidade e estabilidade, apareceram. O estopim foi a passe livre, em São Paulo e a forma truculenta que a polícia revidou.

Dois fatos chamaram a atenção:

A - Não havia partidos na coordenação - Eles estão mortos ou morrendo em termos de representação cívica e popular, em todas as democracias ocidentais!

B - A pauta tinha de tudo - manifesto a favor do passe livre, contra a redução das atribuições do Ministério Público, contra os gastos da copa do mundo e o contraste aos péssimos serviços públicos - Não é raro ver pessoas esperando 11 horas na fila para serem atendidas, pelos pronto atendimentos do SUS.

Nesta manifestação, ficou visível que o cidadão não pertence mais a uma unidade partidária ou instituição da sociedade civil – Alguns dizem que é o fim da ideologia, provocados do renascimento do capitalismo e o fim da guerra fria.

O cidadão está cada vez mais próximo da figura do consumidor, que usa de serviços desejados e exige direitos em determinado momento. Mas, ao mesmo tempo, detêm mais poderes do que meramente comprar algo ou usar um serviço.

Bom... Esta é atual confusão que vivemos. Vejo que a representação partidária está falida e não sem volta enquanto, o cidadão fica cada próximo a figura do consumidor, embora não seja só isso.
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Foto: Deushe Welle Brasil.

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