quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alunos e professores da Unopar veem um ótimo negócio a frente... Para a Kroton.



No ano passado, o grupo Kroton comprou a universidade londrinense Unopar por 1 bilhão e 300 mil reais e, embora sua força econômica seja demonstrada pelas instituições já adquiridas, ela tem uma estrutura comum, no seu método de ensino, em todas as unidades:

1.  A diminuição da quantidade de horas de aula, deixando os conteúdos cada vez mais enxutos, a ponto de chegar abaixo do mínimo exigido de horas pelo ministério da educação.

2. Para compensar a falta de horas, eles complementam com aulas digitais, que são conteúdos, em forma de apostilas padronizadas.

3. A demissão de professores: não que exista demissão em massa, mas pouco a pouco são cortados os professores mais caros das instituições, que normalmente são os mais qualificados.

4.  As estruturas das instituições param de ser atualizadas, sejam biblioteca, laboratórios, clinicas, escritórios jurídicos e etc... , além das terceirizações feitas.

Os alunos da Unopar e o sindicato de professores de Londrina  estão claramente descontentes com as mudanças que serão feitas, pois já se tem experiências delas, principalmente onde a tal formula nasceu, em Cuiabá.

O modelo da Kroton de educação, tem como finalidade maior beneficiar ela mesma e colocar a disposição da comunidade instituições universitárias que nada mais são um PLUS do ensino médio ou do técnico.


Além de diminuir a extensão dos conteúdos trabalhados, utiliza-se de apostilas digitais que tem como regra,lecionar sobre relações corporativa das empresas. Normalmente conteúdos que são indiferentes para os alunos do ensino superior.

Pior do que isso, vem em forma de conteúdo mastigado, como se o aluno não tivesse chegado ao ensino superior, em vez de a pessoa pesquisar o conteúdo e formar seus entendimentos. E não ser guiados por apostilinhas.

A demissão de professores mais qualificados só atende a lucratividade dessa empresa, ao contrário dos alunos que terão uma qualidade de  curso menor e a inversão de valores para os professores mais qualificados que verão sua dedicação e experiência irem para o lixo.

O site do jornal O Diário publicou uma nota de esclarecimento da Unopar, controlada pela Kroton em que são usadas belas palavras: Inovação, reestruturação, interação pessoal, atuação profissional, desenvolvimento de competências, excelência, sustentabilidade...

Mas, sua experiência deste tal “inovador” sistema educacional não mostrou nada de excepcional, só a conta do fundo pensões americano que controla a Kroton. Ao contrário, não entendo ainda como o ministério da educação não intervém nestas instituições com estas aberrações de métodos de ensino “revolucionário”.

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