No ano passado, o grupo Kroton
comprou a universidade londrinense Unopar por 1 bilhão e 300 mil reais e,
embora sua força econômica seja demonstrada pelas instituições já adquiridas,
ela tem uma estrutura comum, no seu método de ensino, em todas as unidades:
1. A diminuição da quantidade de horas de aula,
deixando os conteúdos cada vez mais enxutos, a ponto de chegar abaixo do mínimo
exigido de horas pelo ministério da educação.
2. Para compensar a falta de
horas, eles complementam com aulas digitais, que são conteúdos, em forma de
apostilas padronizadas.
3. A demissão de professores:
não que exista demissão em massa, mas pouco a pouco são cortados os professores
mais caros das instituições, que normalmente são os mais qualificados.
4. As estruturas das instituições param de ser
atualizadas, sejam biblioteca, laboratórios, clinicas, escritórios jurídicos e
etc... , além das terceirizações feitas.
Os alunos da Unopar e o
sindicato de professores de Londrina
estão claramente descontentes com as mudanças que serão feitas, pois
já se tem experiências delas, principalmente onde a tal formula nasceu, em
Cuiabá.
O modelo da Kroton de educação, tem
como finalidade maior beneficiar ela mesma e colocar a disposição da comunidade
instituições universitárias que nada mais são um PLUS do ensino médio ou do técnico.
Além de diminuir a extensão dos
conteúdos trabalhados, utiliza-se de apostilas digitais que tem como regra,lecionar sobre relações corporativa das empresas. Normalmente conteúdos que são indiferentes
para os alunos do ensino superior.
Pior
do que isso, vem em forma de conteúdo mastigado, como se o aluno não tivesse chegado ao
ensino superior, em vez de a pessoa pesquisar o conteúdo e formar seus
entendimentos. E não ser guiados por apostilinhas.
A demissão de professores mais
qualificados só atende a lucratividade dessa empresa, ao contrário dos alunos
que terão uma qualidade de curso menor e
a inversão de valores para os professores mais qualificados que verão sua
dedicação e experiência irem para o lixo.
O site do jornal O Diário
publicou uma nota de esclarecimento da Unopar, controlada pela Kroton em que
são usadas belas palavras: Inovação, reestruturação, interação pessoal, atuação
profissional, desenvolvimento de competências, excelência, sustentabilidade...
Mas, sua experiência deste tal “inovador”
sistema educacional não mostrou nada de excepcional, só a conta do fundo
pensões americano que controla a Kroton. Ao contrário, não entendo ainda como o
ministério da educação não intervém nestas instituições com estas aberrações de
métodos de ensino “revolucionário”.
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