Para complementar a ultima
postagem que falei sobre a vitimização como a estratégia do prefeito para
explicar, de forma distorcida, os escândalos de sua administração.
Ontem, Marco Rossi, professor
de ciências sociais e comentarista na CBN Londrina, falou sobre obras que
ocorrem em época de campanha eleitoral, como se vê em nossa cidade. Como achei
muito bom, vou transcrevê-lo na íntegra.
Como o recapeamento
das vias que mais veículos passam em
Lonrina, como a JK, Sergipe, Pio XII. Ou a reforma do terminal urbano e
rodoviário, mais, a pintura dos prédios públicos da mesma cor. O projeto do
passe livre: Tudo em ano eleitoral.
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Canteiro de Obras – CBN Cidadania:
http://www.cbnlondrina.com.br/player-materia/-canteiro-de-obras.
Em
política, não basta fazer. Tem que
aparecer, e muito.
Não há exagero nenhum na
sentença. Obras faraônicas, elefantes brancos, prédios e monumentos sem
qualquer finalidade. Os itinerários das políticas dos políticos, realmente são
muito sinuosos.
Em ano eleitoral, repete-se a
cantilena: fazer, apressar, inaugurar obras. Dar super dimensão a tudo. Optar
por horários em que nenhum olho se fará despercebido. Escolher lugares
estratégicos, onde a maioria terá de passar .
Investir, principalmente, nos
acenos a velha demandas. Um pouco de saúde, segurança, lazer, infra estrutura são excelentes pedidas.
Ruas com recape novo, reformas em espaço de grande concentração de área,
novas cores em velhos cartões postais.
Tudo isso dá a entender que o poder público e a administração pública andam
as 1000 maravilhas. Funcionando como nunca. Sem crises, nem desatinos.
Ainda que os recursos sejam
exíguos e o orçamento viva travando, acumulando projetos que não saia do papel,
nem estabeleça o cumprimento de campanhas eleitorais ou programas de governo. O importante é dar pinta de que o trabalho corre solto. Contra os
oposicionistas e principalmente a imprensa e a justiça, estas consideradas
pedras no meio do caminho.
Além de virar a cidade em um
canteiro de obras em céu aberto, a cidade transforma-se, também, num cenário dileto
da demagogia. Agora o tempo é de abraços
apertados olhares atentos, apertos de mão bem fortes. Todos se convertem em bons
sujeitos, em ingênuos caçadores de sonhos.
No nosso caso irá chover frases
como: Londrina Merece, Londrina nosso lar, Londrina terá o futuro que seu
destino traçou etc, etc. A auto ajuda de última
categoria vai estar a serviço das piores e mais anacrônicas formas de fazer
política e pedir votos.
Quando vejo obras serem
executadas, a toque de caixa, no trânsito do meio dia, fico de fato a
perguntar, como querem, de fato ,como querem os ser lembrados nossos seres
públicos: Como loucos ,ou como
desvergonhados?
Tomara que a memória social não
tenha dúvida, no instante de seu registro histórico.
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