terça-feira, 19 de junho de 2012

Vitimização + a cidade virar canteiro de obras= Cidade em período eleitoral.


Para complementar a ultima postagem que falei sobre a vitimização como a estratégia do prefeito para explicar, de forma distorcida, os escândalos de sua administração.

Ontem, Marco Rossi, professor de ciências sociais e comentarista na CBN Londrina, falou sobre obras que ocorrem em época de campanha eleitoral, como se vê em nossa cidade. Como achei muito bom, vou transcrevê-lo na íntegra.

Como o recapeamento das vias que  mais veículos passam em Lonrina, como a JK, Sergipe, Pio XII. Ou a reforma do terminal urbano e rodoviário, mais, a pintura dos prédios públicos da mesma cor. O projeto do passe livre: Tudo em ano eleitoral.
____________________________________________________________________



Em política, não basta fazer.  Tem que aparecer, e muito.

Não há exagero nenhum na sentença. Obras faraônicas, elefantes brancos, prédios e monumentos sem qualquer finalidade. Os itinerários das políticas dos políticos, realmente são muito sinuosos.

Em ano eleitoral, repete-se a cantilena: fazer, apressar, inaugurar obras. Dar super dimensão a tudo. Optar por horários em que nenhum olho se fará despercebido. Escolher lugares estratégicos, onde a maioria terá de passar .

Investir, principalmente, nos acenos a velha demandas. Um pouco de saúde, segurança,  lazer, infra estrutura são excelentes pedidas. Ruas com recape novo, reformas em espaço de grande concentração de área, novas cores em velhos cartões postais.

Tudo isso dá a entender que o poder público e a administração pública andam as 1000 maravilhas. Funcionando como nunca. Sem crises, nem desatinos.

Ainda que os recursos sejam exíguos e o orçamento viva travando, acumulando projetos que não saia do papel, nem estabeleça o cumprimento de campanhas eleitorais ou programas de governo. O importante é dar pinta  de que o trabalho corre solto. Contra os oposicionistas e principalmente a imprensa e a justiça, estas consideradas pedras no meio do caminho.

Além de virar a cidade em um canteiro de obras em céu aberto, a cidade transforma-se, também, num cenário dileto da demagogia. Agora o tempo é de abraços apertados olhares atentos, apertos de mão bem fortes. Todos se convertem em bons sujeitos, em ingênuos caçadores de sonhos.

No nosso caso irá chover frases como: Londrina Merece, Londrina nosso lar, Londrina terá o futuro que seu destino traçou etc, etc. A auto ajuda de última categoria vai estar a serviço das piores e mais anacrônicas formas de fazer política e pedir votos.

Quando vejo obras serem executadas, a toque de caixa, no trânsito do meio dia, fico de fato a perguntar, como querem, de fato ,como querem os ser lembrados nossos seres públicos:  Como loucos ,ou como desvergonhados?

Tomara que a memória social não tenha dúvida, no instante de seu registro histórico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário