O debate da CBN teve a
apresentação de 7 assuntos e provavelmente, padronizado pelos partidos e
coligações eleitorais:
Saude, Educação, Transporte público,
Meio ambiente, Planejamento Urbano, Economia, Segurança.
Desta vez avaliarei as
propostas e darei uma nota para cada um dos itens apresentados, com o critério
básico é que se respondem aos problemas do município e se os projetos têm uma
visão além dos quatro anos, ou seja, se é um programa de que tenha continuidade
e pense a cidade daqui a 10, 20 anos em diante.
O primeiro candidato foi Luiz
Eduardo Cheida (PMDB).
1-
Saúde:
Ressaltou
programas feitos com qualidade na sua gestão e que o orçamento era 10 vezes
menor. Concluiu é que existe é uma gestão muito ruim dos recursos. Para melhorar
aquela, criará uma autarquia para gerir melhor a saúde. Quanto à política
salarial, disse que o salário tem de ser maior para os médicos, mas disse que
não falta dinheiro para aumentar o valor recebido.
Crítica: Propostas muito vagas. Falou o que não é nenhuma
novidade: A saúde tem de ser melhor gerida. Mas não disse como ter uma
melhor gestão, ou seja, como ocorrerá essa administração. Tais informações
são fundamentais para o eleitor saber como serão resolvidos os problemas graves
da saúde aqui na cidade e qual é o estilo de trabalho do candidato. Nota: 5.
2-
Educação:
Disse
que executarão as propostas criadas no fórum Londrina Educação que é possível
fazer muitas ações com o $ atual, com o dinheiro que vai para o ralo com quites
escolares, livros imprestáveis, excesso de secretarias.
As suas
propostas são da qualificação da carreira do professor, com incentivos da
prefeitura para que se atualize e faça pós graduação. Pagar o professor de
acordo com a sua produtividade. Este plano tem como fim estimular o professor
formar melhor os alunos e aproximar o país da escola, com maior diálogo entre
eles.
Quanto
o ensino integral disse que não é possível tornar 100% acessível a todos os
alunos no curto prazo e diz que vai trabalhar para concretizar aos poucos. E
pretende valorizar a educação informal para tornar as pessoas cada vez mais
cidadãs de seus direitos, da comunidade e do seu bem estar.
Crítica: Bons planos e apenas algumas
ressalvas. A proposta de educação feita e se for efetiva será muito
melhor do que a do atual prefeito (se é que existe projeto). Ele teve como sua principal pilastra, na
campanha passada o incentivo a educação informal que concordo pleamente.
Melhorar
a carreira do professor e qualificá-lo é essencial para o desenvolvimento de uma
comunidade cidadã e ativa, porém, não julgo com bons olhos esses métodos
aumento de salário por produtividade. Tem de ser discutido claramente os
critérios pela sociedade, caso contrário a maioria dos alunos vai tirar 10 e
o professor vai ganhar mais. Assim continuará o professor fingindo que dá aula
e o aluno fingindo que aprende. Acredito
que o melhor caminho é incentivar o aluno vir a escola, tornar um ambiente
agradável a todos, com a participação da comunidade. Nota: 8.
3-
Transporte público:
Falou em relação ao passe livre aos
estudantes. Disse ser a favor, mas desde que seja para quem precisa do passe
livre. Ou seja, para as pessoas em que o preço mensal do transporte corroa seu
orçamento ou não tenha como pagar pelo serviço.
Além
disso, falou que é perfeitamente possível analisar caso a caso pelos dados nas
secretarias da prefeitura.
Critica: hmmm. Já pensei assim, hoje vou na linha oposta. O passe livre é um excelente incentivo para os estudos dos mais pobres, uma possibilidade de diminuir os automóveis da classe média e uma excelente oportunidade para os ricos, pois que eles tem maiores poderes para mudar a qualidade do transporte público. Assim é interessante a todos o passe livre. Nota:5.
4-
Meio Ambiente:
Consiste
a política de Cheida em premiar os bons comportamentos ambientais e punir os maus
comportamentos. Como a dona de casa que separa o lixo, deveria ter ela desconto
tributos municipais e no caso de poluição punir com multa e aumento progressivo
de impostos. Como no caso do assoreamento do lago Igapó, que sua causa é
descarte de entulho das obras feitas próximas ao ribeirão Cambé.
Além de
ter citado outras políticas obter uma coleta seletiva e logística reversa (já
citado no blog) mais eficiente, com a participação de ONGs e ajuda da
prefeitura.
Crítica: Boa política, falta mais, porém,
está no caminho. O candidato tem a iniciativa de incentivar as
pessoas a mudar seus comportamentos para um melhor ambiente na cidade e mais
qualidade de vida. Excelente. Porém pouco falou em iniciativas que seriam
fundamentais para uma cidade melhor, como uma parceria com as universidades para
produção de serviços e produtos sustentáveis, um planejamento completo do mapa
do lixo na cidade desde onde é gerado até onde é descartado. Nota: 8.
5- Economia:
Afirmou
ter um programa de industrialização para a cidade, com a desapropriação de 300
alqueires num custo de 10 milhões. Tal programa tem parceria com o governo estadual. Além de afirmar ser
importante um governo ter credibilidade para investimentos.
Crítica: Uma proposta para agora, mas como
ficará no futuro? Ta
proposta perece ser muito atrativa, mas tem de ser planejada pensando nas pessoas.
De forma mais clara: A localização deste terrenos é longe dos bairros
residenciais? Terá transporte público? Tem malha viária ou terá de construir?
Será que daqui algum tempo ela servirá? E quanto ao projeto arco norte, ele será
também afetado por esse plano? Ou seja, muitos detalhes faltam. Nota: 6.
6-
Planejamento Urbano:
Tem
como bases a reestruturação do IPPUL, e sua profissionalização com arquitetos e
não apenas funcionários. Além disso, pretende aprovar de uma vez por todas o
plano diretor da cidade, desde 2008 dormindo na câmara dos vereadores e tirar
os estacionamentos das vias de grande circulação. Com isso incentivará a
criação de edifícios estacionamentos.
Crítica: Não tocou em outras pontos importantes e estacionamentos
verticais ou subterrâneo não resolve. Londrina cresceu sem
zoneamento, no ritmo das metrópoles contemporâneas que os empregos da cidade
estão centralizados. Aumentando a oferta destes empregos, vai diminuir o fluxo
no centro. Criar edifícios estacionamentos será mais um incentivo para aumentar
a quantidade de carros no centro, ou seja, é uma política que não tem futuro.
Quanto ao IPPUL e plano diretor são questões óbvias e mais do que dever do
estado. Nota: 5.
7-
Segurança pública:
Quanto
a isto, disse ser fundamental a guarda municipal no centro e nas periferias e
armada. Além periodicamente fazer reuniões (toda segunda), com órgão de
fiscalização e combate de delitos como a polícia, guarda municipal, receita
federal, para montar políticas de segurança integrada.
Crítica: Boa idéia, mas sem a polícia
militar e civil é complicado falar de segurança pública. Na
maioria disparada dos casos, quem agirá será a polícia civil e militar, sem
elas é difícil falar na segurança pública, assim seriam interessantes diálogos
permanentes com o governo do estrado. Nota:
7.
Média final: 6,2. Falta, principalmente, programas mais elaborados para uma cidade integrada.
______________________
Em tempo:
Alterei a nota de Cheida por causa que a rádio CBN junto aos partidos decidiram centralizar a questão do transporte público em torno do passe livre.
Por justiça e por igualdade, fiz análise apenas do passe livre e refiz a nota, alterando a média final.
______________________
Em tempo:
Alterei a nota de Cheida por causa que a rádio CBN junto aos partidos decidiram centralizar a questão do transporte público em torno do passe livre.
Por justiça e por igualdade, fiz análise apenas do passe livre e refiz a nota, alterando a média final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário