segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cheida no debate CBN: programas de governo muito vagos. Nota 6,2.


O debate da CBN teve a apresentação de 7 assuntos e provavelmente, padronizado pelos partidos e coligações eleitorais:

Saude, Educação, Transporte público, Meio ambiente, Planejamento Urbano, Economia, Segurança.

Desta vez avaliarei as propostas e darei uma nota para cada um dos itens apresentados, com o critério básico é que se respondem aos problemas do município e se os projetos têm uma visão além dos quatro anos, ou seja, se é um programa de que tenha continuidade e pense a cidade daqui a 10, 20 anos em diante.

O primeiro candidato foi Luiz Eduardo Cheida (PMDB).

1-     Saúde:

Ressaltou programas feitos com qualidade na sua gestão e que o orçamento era 10 vezes menor. Concluiu é que existe é uma gestão muito ruim dos recursos. Para melhorar aquela, criará uma autarquia para gerir melhor a saúde. Quanto à política salarial, disse que o salário tem de ser maior para os médicos, mas disse que não falta dinheiro para aumentar o valor recebido.

Crítica: Propostas muito vagas.                   Falou o que não é nenhuma novidade: A saúde tem de ser melhor gerida. Mas não disse como ter uma melhor gestão, ou seja, como ocorrerá essa administração. Tais informações são fundamentais para o eleitor saber como serão resolvidos os problemas graves da saúde aqui na cidade e qual é o estilo de trabalho do candidato. Nota: 5.

2-     Educação:
Disse que executarão as propostas criadas no fórum Londrina Educação que é possível fazer muitas ações com o $ atual, com o dinheiro que vai para o ralo com quites escolares, livros imprestáveis, excesso de secretarias.

As suas propostas são da qualificação da carreira do professor, com incentivos da prefeitura para que se atualize e faça pós graduação. Pagar o professor de acordo com a sua produtividade. Este plano tem como fim estimular o professor formar melhor os alunos e aproximar o país da escola, com maior diálogo entre eles.

Quanto o ensino integral disse que não é possível tornar 100% acessível a todos os alunos no curto prazo e diz que vai trabalhar para concretizar aos poucos. E pretende valorizar a educação informal para tornar as pessoas cada vez mais cidadãs de seus direitos, da comunidade e do seu bem estar.

Crítica: Bons planos e apenas algumas ressalvas. A proposta de educação feita e se for efetiva será muito melhor do que a do atual prefeito (se é que existe projeto).  Ele teve como sua principal pilastra, na campanha passada o incentivo a educação informal que concordo pleamente.

Melhorar a carreira do professor e qualificá-lo é essencial para o desenvolvimento de uma comunidade cidadã e ativa, porém, não julgo com bons olhos esses métodos aumento de salário por produtividade. Tem de ser discutido claramente os critérios pela sociedade, caso contrário a maioria dos alunos vai tirar 10 e o professor vai ganhar mais. Assim continuará o professor fingindo que dá aula e o aluno fingindo que aprende.  Acredito que o melhor caminho é incentivar o aluno vir a escola, tornar um ambiente agradável a todos, com a participação da comunidade. Nota: 8.

3-     Transporte público:
 Falou em relação ao passe livre aos estudantes. Disse ser a favor, mas desde que seja para quem precisa do passe livre. Ou seja, para as pessoas em que o preço mensal do transporte corroa seu orçamento ou não tenha como pagar pelo serviço.

Além disso, falou que é perfeitamente possível analisar caso a caso pelos dados nas secretarias da prefeitura.

Critica: hmmm. Já pensei assim, hoje vou na linha oposta. O passe livre é um excelente incentivo para os estudos dos mais pobres, uma possibilidade de diminuir os automóveis da classe média e uma excelente oportunidade para os ricos, pois que eles tem maiores poderes para mudar a qualidade do transporte público. Assim é interessante a todos o passe livre. Nota:5.

4-     Meio Ambiente:

Consiste a política de Cheida em premiar os bons comportamentos ambientais e punir os maus comportamentos. Como a dona de casa que separa o lixo, deveria ter ela desconto tributos municipais e no caso de poluição punir com multa e aumento progressivo de impostos. Como no caso do assoreamento do lago Igapó, que sua causa é descarte de entulho das obras feitas próximas ao ribeirão Cambé.

Além de ter citado outras políticas obter uma coleta seletiva e logística reversa (já citado no blog) mais eficiente, com a participação de ONGs e ajuda da prefeitura.

Crítica: Boa política, falta mais, porém, está no caminho. O candidato tem a iniciativa de incentivar as pessoas a mudar seus comportamentos para um melhor ambiente na cidade e mais qualidade de vida. Excelente. Porém pouco falou em iniciativas que seriam fundamentais para uma cidade melhor, como uma parceria com as universidades para produção de serviços e produtos sustentáveis, um planejamento completo do mapa do lixo na cidade desde onde é gerado até onde é descartado. Nota: 8.

5-   Economia:
Afirmou ter um programa de industrialização para a cidade, com a desapropriação de 300 alqueires num custo de 10 milhões. Tal programa tem parceria com  o governo estadual. Além de afirmar ser importante um governo ter credibilidade para investimentos.

Crítica: Uma proposta para agora, mas como ficará no futuro?  Ta proposta perece ser muito atrativa, mas tem de ser planejada pensando nas pessoas. De forma mais clara: A localização deste terrenos é longe dos bairros residenciais? Terá transporte público? Tem malha viária ou terá de construir? Será que daqui algum tempo ela servirá? E quanto ao projeto arco norte, ele será também afetado por esse plano? Ou seja, muitos detalhes faltam. Nota: 6.

6-     Planejamento Urbano:
Tem como bases a reestruturação do IPPUL, e sua profissionalização com arquitetos e não apenas funcionários. Além disso, pretende aprovar de uma vez por todas o plano diretor da cidade, desde 2008 dormindo na câmara dos vereadores e tirar os estacionamentos das vias de grande circulação. Com isso incentivará a criação de edifícios estacionamentos.

Crítica: Não tocou em outras pontos importantes e estacionamentos verticais ou subterrâneo não resolve. Londrina cresceu sem zoneamento, no ritmo das metrópoles contemporâneas que os empregos da cidade estão centralizados. Aumentando a oferta destes empregos, vai diminuir o fluxo no centro. Criar edifícios estacionamentos será mais um incentivo para aumentar a quantidade de carros no centro, ou seja, é uma política que não tem futuro. Quanto ao IPPUL e plano diretor são questões óbvias e mais do que dever do estado. Nota: 5.

7-     Segurança pública:
              Quanto a isto, disse ser fundamental a guarda municipal no centro e nas periferias e armada. Além periodicamente fazer reuniões (toda segunda), com órgão de fiscalização e combate de delitos como a polícia, guarda municipal, receita federal, para montar políticas de segurança integrada.
   
           Crítica: Boa idéia, mas sem a polícia militar e civil é complicado falar de segurança pública. Na maioria disparada dos casos, quem agirá será a polícia civil e militar, sem elas é difícil falar na segurança pública, assim seriam interessantes diálogos permanentes com o governo do estrado. Nota: 7.
       
      Média final: 6,2. Falta, principalmente, programas mais elaborados para uma cidade integrada.
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       Em tempo:
       Alterei a nota de Cheida por causa que a rádio CBN junto aos partidos decidiram centralizar a questão do transporte público em torno do passe livre.
        Por justiça e por igualdade, fiz análise apenas do passe livre e refiz a nota, alterando a média final.




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