terça-feira, 31 de julho de 2012

Post +: Avaliação da queda de Barbosa Neto.

Depois de mais de 12 horas de sessão, o ex-prefeito Homero Barbosa Neto foi cassado pela Câmara Municipal de Londrina, com 13 votos favoráveis, 2 contrários e 3 três abstenções.

Mas isso não se deve não apenas ao momento complicado, aos vigias pagos com dinheiro público.

Longe disso, como disse o professor Elve Cenci na CBN, essa decisão só foi a cereja do bolo.

Tal bolo tem uma massa de uma péssima gestão em áreas essenciais para qualquer cidade: 

Saúde e Educação. Apesar de sua ações positivas como a cidade limpa, o corredor de ônibus, a reativação da usina de asfalto, trocar o piso do calçadão e outras.

Mas a população não perdoa desvios de dinheiro na saúde enquanto existem pessoas que morrem esperando a consulta ser marcada.

Além dos seus vários escândalos que envolvem seus braços direitos e outras desconfianças, que são inúmeras. Por esses fatores certamente ele não se reelegeria, mesmo no comando da máquina pública.

Porém, apesar da pressão da sociedade civil, sua queda se deve principalmente ao seu estilo de fazer política.

Ele é extremamente centralizador. As decisões sempre são tomadas de acordo com seu gosto, independente de estar certo ou errado, tem de prevalecer suas idéias. Caso contrário, Barbosa isola a pessoa ou constrange a público.

Exemplo disso é no caso do atual prefeito José Joaquim Ribeiro (PSC), em que este se pronunciou publicamente contrário a lei da muralha. Porém, levou um puxão de orelha de Homero.

Ou mesmo situações mais graves, como o do ex- secretário de obras Nelson Brandão, que foi demitido por telefone. Outro fato marcante foi a provocação ao prefeito de Maringá, Silvio Barros por causa dos kits escolares bem mais baratos do que os de Londrina.

Tal estilo político é semelhante ao do ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello. 

Apesar de terem uma trajetória totalmente diferente, ambos tem como traço comum a manipulação das massas para conseguir seus objetivos (populismo) e a forma egoísta de fazer política (autoritarismo).

No caso de Fernando Collor de Mello, além de ter sido eleito por uma base política pequena quando era presidente, nunca teve um bom relacionamento com o congresso nacional.


E não porque era o cassador de marajás, mas porque queria ser um imperador de suas vontades. Com essa fórmula ele conseguiu inúmeras inimizades e quando seu irmão botou a boca no trombone, não demorou para ir à degola.

Quanto a Barbosa Neto, foi perdendo vários aliados pelo seu estilo nada pacífico. Foi criando brigas atrás de brigas, e assim fechou várias portas.

Esse caldo se juntou a massa da administração ineficiente e patrimonialista e, assim se formou o bolo. Só faltava aquecer ele com mais pressão e desgaste.

E por fim ele ficou pronto com a cereja com o cassação pelo caso Centrônic. 


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