segunda-feira, 16 de julho de 2012

Investir em malha viária? Sem dúvida é uma solução para aumentar os congestionamentos.


Semana passada, a Caixa Econômica comunicou a prefeitura de Londrina que falta de alguns documentos para liberação de dinheiro destinados a revitalização da avenida Maringá
.

Esse empreendimento prevê a duplicação da avenida e um aumento dos estacionamentos, além da pintura dos meio-fios, novos canteiros e aumento da calçada para os pedestres.


Contudo, como na maioria dos projetos urbanos tendem a resolver os problemas com investimentos nas malhas viárias. Tudo com base que a capacidade da avenida em receber veículos está saturada e tenta-se construir mais duas faixas para os veículos desafogaria.

Contudo, essa lógica só pensa no curto prazo, alias só curtíssimo prazo. Pois que se uma via de grande comercio fica mais fácil de locomover com veículos mais pessoas tentarão usar aquele trajeto, e assim ela se saturará de novo.

Mais ainda, a via só vai até determinado lugar, que vai ficar congestionado também.  No caso da avenida Maringá ela vai acabar no aterro que vai para avenida Ayrton Senna que já se encontra saturada, no cruzamento com a Madre Leonia Milito.

Se for no sentido inverso pior fica, pois, vai se encontrar com a avenida Tiradentes que já é cheia para tentar pegar, se for sentido norte, a  Rio Branco já saturada.

Ou seja, quanto mais se faz investimentos em malha viária, mais rápido fica para se chegar a um congestionamento.

Mas afinal qual seria a solução?

Se formos pensarmos de forma mais simples, seria  o incentivo de transporte público interligado com o desestimulo com o transporte individual.

Essa medida sim já provou que melhorou o trânsito em Curitiba com a implantação de linhas exclusivas de ônibus, com velocidade no embarque e desembarque, com espaço próprio para ela (corredor de ônibus), projeto conhecido com BRT (Bus Rapid Transit).

Em Bogotá, que existem integração entre ciclovias e pontos de ônibus, ciclovias e estações de metrô, estações de metrô com o BRTs e assim por diante, criando um transporte público rápido e muitas vezes mais eficiente do que o transporte individual.

Em Londres com a criação de pedágio urbano para poder trafegar no centro e todo dinheiro indo para a melhoria do transporte público. Isso melhorou a qualidade do transporte, sendo que mais pessoas começaram a usar.

Agora, caso quisermos pensar mais profundo temos que tentar criar uma periferia mais autônoma, que atraia mais empregos, mais lazer e assim qualidade de vida.

Isso só poderá ser possível com políticas que aproximem as pessoas desses itens, como morar 2 quadras do meu emprego, há quatro quadras ter um ginásio para prática de esportes, uma praça e assim por diante.

É necessário destacar que hoje quase 70% dos empregos da cidade estão nos centro de Londrina, dessa forma, precisa atrair mais pessoas para os bairros, com incentivos a pequenas e micro empresas, melhorando as escolas e abrindo elas para comunidade como forma de lazer e outros serviços.

Porém investir em malha viária pensando apenas em diminuir tempo, no fundo só vai piorar o problema pois que só vai atrair mais pessoas para os grandes centros da cidade e não distribuir para as periferias.


Assim é fundamental uma mudança de visão do IPPUL e do prefeito de Londrina para melhorar não o tráfego, mas a qualidade de vida das pessoas.


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Em tempo: A Caixa liberou os recursos e o processo vai sair do papel. A notícia atualizou, mas a minha opinião não mudou 1 centímetro.

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