Semana passada, a Caixa
Econômica comunicou a prefeitura de Londrina que falta de alguns documentos para
liberação de dinheiro destinados a revitalização da avenida Maringá
.
Esse empreendimento prevê a
duplicação da avenida e um aumento dos estacionamentos, além da pintura dos
meio-fios, novos canteiros e aumento da calçada para os pedestres.
Contudo, como na maioria dos
projetos urbanos tendem a resolver os problemas com investimentos nas malhas
viárias. Tudo com base que a capacidade da
avenida em receber veículos está saturada e tenta-se construir mais duas faixas para os
veículos desafogaria.
Contudo, essa lógica só pensa
no curto prazo, alias só curtíssimo prazo. Pois que se uma via de grande
comercio fica mais fácil de locomover com veículos mais pessoas tentarão usar
aquele trajeto, e assim ela se saturará de novo.
Mais ainda, a via só vai até determinado
lugar, que vai ficar congestionado também.
No caso da avenida Maringá ela vai acabar no aterro que vai para avenida
Ayrton Senna que já se encontra saturada, no cruzamento com a Madre Leonia
Milito.
Se for no sentido inverso pior
fica, pois, vai se encontrar com a avenida Tiradentes que já é cheia para tentar
pegar, se for sentido norte, a Rio
Branco já saturada.
Ou seja, quanto mais se faz
investimentos em malha viária, mais rápido fica para se chegar a um
congestionamento.
Mas afinal qual seria a
solução?
Se formos pensarmos de forma mais
simples, seria o incentivo de transporte
público interligado com o desestimulo com o transporte individual.
Essa medida sim já provou que
melhorou o trânsito em Curitiba com a implantação de linhas exclusivas de
ônibus, com velocidade no embarque e desembarque, com espaço próprio para ela (corredor
de ônibus), projeto conhecido com BRT (Bus Rapid Transit).
Em Bogotá, que existem integração
entre ciclovias e pontos de ônibus, ciclovias e estações de metrô, estações de
metrô com o BRTs e assim por diante, criando um transporte público rápido e
muitas vezes mais eficiente do que o transporte individual.
Em Londres com a criação de
pedágio urbano para poder trafegar no centro e todo dinheiro indo para a
melhoria do transporte público. Isso melhorou a qualidade do transporte, sendo
que mais pessoas começaram a usar.
Agora, caso quisermos pensar mais
profundo temos que tentar criar uma periferia mais autônoma, que atraia mais
empregos, mais lazer e assim qualidade de vida.
Isso só poderá ser possível com
políticas que aproximem as pessoas desses itens, como morar 2 quadras do meu
emprego, há quatro quadras ter um ginásio para prática de esportes, uma praça e
assim por diante.
É necessário destacar que hoje
quase 70% dos empregos da cidade estão nos centro de Londrina, dessa forma,
precisa atrair mais pessoas para os bairros, com incentivos a pequenas e micro
empresas, melhorando as escolas e abrindo elas para comunidade como forma de
lazer e outros serviços.
Porém investir em malha viária
pensando apenas em diminuir tempo, no fundo só vai piorar o problema pois que
só vai atrair mais pessoas para os grandes centros da cidade e não distribuir
para as periferias.
Assim é fundamental uma mudança
de visão do IPPUL e do prefeito de Londrina para melhorar não o tráfego, mas a
qualidade de vida das pessoas.
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Em tempo: A Caixa liberou os recursos e o processo vai sair do papel. A notícia atualizou, mas a minha opinião não mudou 1 centímetro.
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Em tempo: A Caixa liberou os recursos e o processo vai sair do papel. A notícia atualizou, mas a minha opinião não mudou 1 centímetro.
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