Desta vez, vou sair um pouco do tema do Blog.
Encontrei, ontem, uma excelente apresentação, na revista Cult, de uma obra, que foi recentemente lançada em português.
É a Teoria do Agir Comunicativo - do filósofo alemão Jurgen Habermas.
Trata-se de um dos pensadores mais influentes da idade contemporânea.
Habermas rompe com a linha de luta de classes de Karl Marx , e adota como seu foco a linguagem (toda comunicação existente entre os seres humanos). Nesta teoria, a linguagem assume um aspecto crucial na comunicação e na busca pelas respostas as perguntas das pessoas ( a racionalidade).
Reconfigura, não só a economia (capitalismo) mas, outros sistemas que influenciam a sociedade civil.
Por meio dessa teoria, ele estudará e defenderá a democracia deliberativa, uma nova maneira democrática da sociedade em uma esfera pública.
Adiante, o início do texto (longo) e aqueles que gostarem do tema deixarei o Link:
Se um leitor pouco disposto a escalar as duas montanhas, isto é, os dois volumes da Teoria do Agir Comunicativo, indagasse sobre um atalho para chegar ao âmago da obra, a melhor proposta seria saltar de pára-quedas sobre os topos, ou seja, começar a leitura por seus capítulos finais.
Os capítulos que encerram os dois tomos – “De Lukács a Adorno – Racionalização como Reificação” e “Consideração final – De Parsons a Marx através de Weber” – apresentam o essencial do projeto: reconstruir a Teoria Crítica e atualizar o diagnóstico de época, a análise das sociedades capitalistas modernas mais avançadas.
O impacto da obra não poderia ter sido maior quando lançada em 1981. Jürgen Habermas, o ex-assistente de Theodor W. Adorno no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, o centro institucional da Teoria Crítica desde os anos 1930, erguia uma crítica severa a seus antecessores – principalmente Adorno e Max Horkheimer – a fim de mostrar que a Teoria Crítica se encaminhara para um beco sem saída e que o diagnóstico de época proposto por eles perdera seu prazo de validade.
Vale lembrar que o diagnóstico de Adorno e Horkheimer, cristalizado na expressão “mundo administrado”, já havia significado uma considerável divergência em relação ao de Marx. Para eles, as tendências que, de acordo com Marx, levariam a uma sociedade emancipada não se comprovaram. Eles deixam de projetar uma crise sistêmica do capitalismo, dadas as possibilidades de intervenção e administração estatal sobre a economia.
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