domingo, 5 de agosto de 2012

Post+: Um pouco de filosofia - Uma apresentação da teoria de Jurgen Habermas



Desta vez, vou sair um pouco do tema do Blog.

Encontrei, ontem, uma excelente apresentação, na revista Cult, de uma obra, que foi recentemente lançada em português.

É a Teoria do Agir Comunicativo - do filósofo alemão Jurgen Habermas.

Trata-se de um dos pensadores mais influentes da idade contemporânea.

Habermas rompe com a linha de luta de classes de Karl Marx , e adota como seu foco a linguagem (toda comunicação existente entre os seres humanos). Nesta teoria, a linguagem assume um aspecto crucial na comunicação e na busca pelas respostas as perguntas das pessoas ( a racionalidade).

Reconfigura, não só a economia (capitalismo) mas, outros sistemas que influenciam a sociedade civil.

Por meio dessa teoria, ele estudará e defenderá a democracia deliberativa, uma nova maneira democrática da sociedade em uma esfera pública.

Adiante, o início do texto (longo) e aqueles que gostarem do tema deixarei o Link:


Se um leitor pouco disposto a escalar as duas montanhas, isto é, os dois volumes da Teoria do Agir Comunicativo, indagasse sobre um atalho para chegar ao âmago da obra, a melhor proposta seria saltar de pára-quedas sobre os topos, ou seja, começar a leitura por seus capítulos finais.
Os capítulos que encerram os dois tomos – “De Lukács a Adorno – Racionalização como Reificação” e “Consideração final – De Parsons a Marx através de Weber” – apresentam o essencial do projeto: reconstruir a Teoria Crítica e atualizar o diagnóstico de época, a análise das sociedades capitalistas modernas mais avançadas.
O impacto da obra não poderia ter sido maior quando lançada em 1981. Jürgen Habermas, o ex-assistente de Theodor W. Adorno no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, o centro institucional da Teoria Crítica desde os anos 1930, erguia uma crítica severa a seus antecessores – principalmente Adorno e Max Horkheimer – a fim de mostrar que a Teoria Crítica se encaminhara para um beco sem saída e que o diagnóstico de época proposto por eles perdera seu prazo de validade.
Vale lembrar que o diagnóstico de Adorno e Horkheimer, cristalizado na expressão “mundo administrado”, já havia significado uma considerável divergência em relação ao de Marx. Para eles, as tendências que, de acordo com Marx, levariam a uma sociedade emancipada não se comprovaram. Eles deixam de projetar uma crise sistêmica do capitalismo, dadas as possibilidades de intervenção e administração estatal sobre a economia.

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