O
vereador Eloir Valença se encontra, cada vez mais, em uma posição de incerteza quanto ao seu futuro político.
Foi
eleito pelo PT e foi oposição ao ex-prefeito Homero Barbosa Neto.
De
repente, ele mudou de lado e de partido. Foi para o PHS e lá afirmou ser
independente.
Mas
em algumas votações de importância simbólica contra o Barbosa, ele se
posicionou do lado ex prefeito, seja direitamente ou indiretamente.
Lembro-me
de uma votação de um projeto de lei, na Câmara Municipal, que tinha como fim
padronizar as cores dos prédios públicos municipais.
Na
época, a vereadora Sandra Graça (PP) disse não ser conveniente engessar tanto
as opções de cores.
Um
dos relatores do projeto, Antenor Ribeiro (PSC) disse que alteraria a lei, pode pintar os prédios de todas as cores, menos com as do partido do prefeito.
Mesmo
assim, Eloir votou contrário.
Liguei
para sua assessoria na Câmara, que me respondeu alegando problemas na forma como seria mudado o projeto.
Mas,
sinceramente, não me convenceu. Era uma questão técnica que poderia ser tranquilamente
ser superada.
E
depois disso, tivemos a sua abstenção na votação no julgamento do ex-prefeito,
com direito a beijos (de ator) para as pessoas favoráveis a cassação de Barbosa.
Por
esses e por outros motivos, o PHS, que é oposição ao prefeito e aliado na
coligação de Marcelo Belinati, pressionou ele para seguir as orientações partidárias.
Mas
Eloir deu de ombros para essas orientações.
E
agora, em plena campanha eleitoral, o partido quer sua desfiliação, bem como, sua vaga
na câmara.
Quanto
sua cadeira de vereador, dificilmente conseguirá, pois foi eleito pelo PT, mas sua
desfiliação pode ocorrer e, se Eloir ir à justiça, até sair alguma decisão, a
eleição já pode ter passado.
Mas, o que me intriga nesse processo todo é a falta de uma trajetória coerente no
seu mandato na câmara.
Todo
político tem de saber que a coerência em valores na política é a única defesa
que tem contra os anseios dos eleitores.
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