segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A lenta agonia do Sercomtel - Por José Antônio Pedriali.


A abertura da telefonia aos grupos privados acendeu uma luz amarela para o Sercomtel, serviço de telefonia controlado pela Prefeitura de Londrina e Copel desde 1998 – antes era exclusivo do município. Foi fundado há 45 anos.
O petista Nedson Micheleti (requiescat in pace) tentou vender o que restava das ações do município, submeteu a proposta a plebiscito, em 2000, mas foi derrotado.
Desde então, a luta do Sercomtel evoca a bíblica parábola de Davi e Golias. Sua funda – produtos e serviços – abre-lhe algum espaço no acirrado mercado telefônico, mas é incapaz de abater o gigante, que cresce e cresce – em clientes, produtos e faturamento. Enquanto isso, a receita do Sercomtel encolhe. Os déficits são continuados.
Uma das armas desse mercado é a publicidade, da qual o Sercomtel está impedida de usar. Por se tratar de uma empresa pública (embora a Copel tenha sócios privados), é obrigada a contratar uma empresa de publicidade por meio de licitação.
É aí que a cobra morde o rabo: há cerca de dois anos o Sercomtel não consegue contratar ninguém, e se não contrata, nada pode divulgar.
Os processos de licitação, realizados na administração do ex-prefeito cassado e por enquanto em liberdade Homero Barbóquio (vade retro) foram embargados ou suspensos por evidente favorecimento à empresa que fez sua campanha eleitoral.
A nova administração tentou um contrato emergencial, mas, por mais que tenha feito tudo às claras – sob orientação do Observatório de Gestão Pública, sindicato local de agências de publicidade e Ministério Público -, o baile foi suspenso por determinação do Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná.
Não é possível fazer qualquer campanha este ano. Adeus Natal, adeus Ano Novo de telefone novo Sercomtel.
Até quando irá a lenta, e dolorosa, agonia do Sercomtel?

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