terça-feira, 15 de maio de 2012

Reflexões sobre a crise II: Privatizar a Sercomtel seria a melhor opção?



Quando o ex prefeito Nedson Micheleti assumiu o executivo na cidade, lembro de uma das suas primeiras ações: tentou privatizar a Sercomtel. Para isso, fez um plebiscito.

Na época, rocordo-me de Barbosa Neto, ser contra, de forma enfática, a venda da companhia municipal criada pelo excelente prefeito José Hosken de Novaes. A Prefeitura precisava de dinheiro com urgência, pois estava com dívidas imensas, deixadas por Antônio Belinati.

A população decidiu por não privatizar. Parte da empresa já tinha sido entregue a Copel S/A, inclusive quando ocorreu a venda parte dos escândalos da gestão Belinati vieram desta privatização parcial (tem boatos que gente muito famosa em londrina e no estado se beneficiou do $).

 No entanto, o município ainda a mantém a participação majoritária. E normalmente consegue eleger membros para presidência.

Por mais que o governo paranaense seja uma grande mão invisível da companhia telefônica, algumas práticas não continuam diferentes do que existiam.

Como o uso do dinheiro da Sercomtel para meios totalmente diversos de uma empresa comum,  em campanhas eleitorais, por exemplo.  Mas agora, o Ministério Público entrou com ação penal contra o presidente da empresa de telecomunicações, mais ainda, era uma pessoa de alta confiança do prefeito.

Isso reacende o debate se a prefeitura deveria deixar, de vez, de ter participações na empresa, pois que o papel dela não é usar seu capital para campanhas ou subornar vereadores, mas sim investir em bons serviços de comunicação e concorrer com outras empresas.

Contudo, não penso se ela deixar de ser pública, não vai deixar de ter ingerências.

O maior exemplo, que pode ser mostrado, de uma empresa com  fins nada transparentes , democráticos e privados é a Delta, umas das pilastras do escândalo nacional do até agora mafioso, Carlinhos Canhoeira. A empresa Delta é que mais detém contratos com o governo federal, e de obras como a reforma do Maracanã, a terminal 3 do aeroporto de Gaurulhos (principal porta de entrada do país) e outras.

O que dever ser sempre buscado é transparência e vigilância da gestão da Sercomtel bem como, da sociedade civil e do estado.

Outro caminho acertado, seria a indicação de pessoas profissionais para os altos cargos, até os de nomeação política. Pois, de pouco adianta ter pessoas qualificadas como empregados se o patrão não sabe nem o que é uma fibra ótica.
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Pano rápido:
Por eu ter apenas 10 anos na época, me passou em branco a venda da Sercomtel  para a Copel na gestão Belinati, erro grosseiro deste blog, lembrado pelo leitor Ricardo.

Desculpem, pela falha, mas para qualquer efeitos, lembrei de outras informações e corrigi a postagem.

2 comentários:

  1. Rhay, quem vendeu parte das ações para a Copel foi O Belinati (45%) e não o Nedson. A copel não é sócia majoritaria. O Nedson tentou vende-la sim e o infelizmente o povo não deixou e tentou também fazer com que a copel fizesse parceria pra levar o sercomtel em todos os municipios do paraná, sisando a conta do governo do estados e das prefeituras engordando o caixa da empresa com novos clientes.

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  2. Caro Ricardo, vou corrigir os erros.
    Obrigado pela lembrança, alias dessa venda de Belinati que foi investigado parte dos desvios de dinheiro público da gestão do tio Bila.

    Abraço, e obrigado pela correção.

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