E
entre nossas virtudes também não consta o gosto pelo debate, pela crítica, pelo
esmiuçamento do perfil dos candidatos na hora decisiva, que é o período
eleitoral.
Temos
a mania de condenar a priori todo aquele que aponta o dedo para o adversário e
considerar o atacado como vítima e ungi-lo como nosso representante – que, em
muitos casos, se revelou um santo de pau oco, quando não um capeta travestido
de anjinho.
O
momento é oportuno para esta constatação. Estamos a três dias do fim da
campanha eleitoral e os candidatos, correspondendo às expectativas dos
eleitores, se comportam como se estivessem sós na disputa. Não olham para o
outro, não comparam suas propostas, não apontam as falhas que vêem
reciprocamente.
E a
imprensa? Comporta-se como mera rábula dos atos e propostas dos debutantes.
A
campanha não está morna – está gélida!
E
isso é péssimo. Porque priva o eleitor de conhecer a fundo quem é, o que pensa
e o que pretende o candidato que irá decidir os destinos da cidade nos próximos
quatro anos, com possibilidade de estender o mandato por mais quatro.
Por
que esse receio?
Talvez
seja para não remexer em feridas profundas, pois o responsável por tantos
prefeitos ineptos ou corruptos que tivemos em nossa história recente é… o
eleitor!
Como
se comportaram a imprensa, os candidatos e os eleitores na eleição passada em
relação a Homero Barbóquio (vade retro)?
Fecharam
os olhos para os indícios abundantes de sua má conduta.
Indícios
que vieram à tona com a denúncia do ex-chefe de gabinete Luciano Lopes, feita à
Procuradoria da República e repercutida com ênfase – foram páginas e páginas –
pelo… Correio Braziliense!
Nem
a farsa montada por Barbóquio – que resultou na prisão em flagrante de Lopes,
acusado de extorsão, denúncia que a Justiça não comprovou, sugerindo que
Barbóquio fizera falsa denúncia de crime -, alertou a imprensa local e o
eleitor para a índole do proponente à chefia do Executivo.
O
restante da história é conhecido, e enfatizamos: vade retro,
Barbóquio!
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Acredito que seja o sentimento semelhante de todos que acompanham política na cidade, inclusive deste blogueiro.
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Acredito que seja o sentimento semelhante de todos que acompanham política na cidade, inclusive deste blogueiro.
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